Cooperativismo Catarinense

MICHUIM

Após pausa de um ano, devido a Covid-19, COOCAM realiza o 27º Michuim

Amigos e boa uma prosa! Integração, confraternização e o tradicional churrasco de cordeiro fazem parte do Michum da Coocam, evento que reúne anualmente, produtores rurais, empresários, políticos e imprensa. A confraternização acontece na Fazenda São João da Família Di Domenico e a 27ª edição foi no último sábado, após um ano de pausa devido a pandemia do coronavírus.

O presidente da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), João Carlos Di Domenico, expressou sua alegria e destacou o trabalho e dedicação dos produtores rurais.

“Plantamos cuidamos e colhemos na hora certa e, mesmo com a pandemia do coronavírus, não paramos e fizemos o nosso dever de casa. Não somos apenas agricultores, nos tornamos empresários do campo, produzimos para o mundo e, tudo isso, com harmonia com a natureza”

, disse.

Em seu discurso durante a abertura do evento, ele lembrou ainda, sobre a importância das confraternizações como o Michuim – o qual contribui para que os produtores tenham oportunidade de dialogar com as lideranças políticas e do agronegócio.

“Pudemos conversar sobre as conquistas e vislumbrar dias melhores”

, afirmou João Carlos, completando que o evento é o momento de alegria, já que o mundo vivencia muitas tristezas, devido as crises econômicas, jurídicas, de logísticas e principalmente de saúde.
Outras autoridades presentes também se pronunciaram, como foi o caso do presidente da Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc), Luiz Vicente Suzin, que destacou o resultado do trabalho das cooperativas no estado e sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores.

“Atravessamos uma fase difícil, mas, não paramos. O cooperativismo cresceu 24% mesmo nessa pandemia. As cooperativas de Santa Catarina chegaram a um faturamento de R$ 50 bilhões, e cerca de 70% deste faturamento é do agronegócio. Devemos muito aos cooperativistas, por isso, tivemos este faturamento acima do esperado”

, observou Suzin, acrescentando que uma das preocupações das lideranças está relacionada aos preços de insumos, os quais aumentaram acima da média.

“Temos ações junto ao Governo Federal para dar um alento para plantar novas safras futuras”

, enfatizou.

Plinio de Castro, presidente da Cidasc, afirma que o agronegócio é o que mantem a região Oeste e credita parte do desenvolvimento do setor às ações promovidas por entidades fomentadores.

“Apenas citando nossa região, se tirarmos o agronegócio a economia desaparece. A Cidasc está inserida neste processo, principalmente na defesa agropecuária animal e vegetal”

, afirmou.

Com a presença da peste suína na América, a ameaça ronda a produção catarinense, mas, Plínio garante que estratégias estão sendo tomadas.

“Somos o maior produtor e exportador de suínos no Brasil e este assunto nos preocupa, portanto, estamos desenvolvendo ações e alertando produtores e a população”

, prosseguiu.

Santa Catarina, enquanto apoiador e também fomentador do agronegócio, através da Secretária de Agricultura tem o dever de colaborar com a vida dos produtores rurais. O secretário Altair Silva, listou algumas ações voltadas ao melhoramento da vida no campo e projetos futuros.

“Estamos fortalecendo o cooperativismo, as agroindústrias e o produtor rural”

, afirmou o secretário de agricultura do Estado.
O presidente da Aprosoja Santa Catarina e associado da Coocam, Alexandre Alvadi Di Domenico, lembrou do grande objetivo dos produtores rurais que é,
“produzir e alimentar o mundo”.

Xande enfatizou o potencial produtivo do município de Campos Novos – o maior produtor de Santa Catarina.

“Somos responsáveis por 56% da semente de soja produzida em Santa Catarina, assim como outros municípios que juntos tornam o estado gigante em produção agrícola”.

Os Senadores Espiridião Amim e Jorginho Melo, também o deputado estadual, Valdir Cobalchini, ressaltaram temas políticos relacionados ao agronegócio e agradeceram a dedicação dos produtores rurais, além de parabenizar a Coocam pelo Michuim.

O empresário Luciano Hang, proprietário das lojas Havan, compareceu ao evento. Sempre vestido de verde/amarelo, ele constatou o valor do agronegócio para o Brasil.

“A nossa riqueza vem principalmente do agro e temos que bater palmas para os agricultores do Brasil. Temos que investir mais em tecnologia e conhecimento no comércio, indústria e serviços. Temos tudo para ser um dos maiores países do mundo. Precisamos mais educação neste sentido. Estamos na situação que estamos hoje devido a péssima educação que deram nas universidades. Com o agro foi diferente, quando foi criada a Embrapa vimos muitas inovações. O agricultor acredita que a semente plantada germinará e trará bons frutos. Quem planta, colhe”

, declarou o empresário. 

Mesmo com toda a descontração, o Michuim traz à tona as reais necessidades e desafios do setor, e é fundamentalmente um evento fomentador de ideias e projetos voltados ao constante desenvolvimento do agronegócio. Entusiasta e visionário, o presidente da Coocam acredita na força dos produtores.

“Nossa expectativa é muito boa, mas sabemos das dificuldades enfrentadas ano a ano. 2022 será de muito trabalho e dificuldades, mas precisamos manter o nosso foco e produzir com economia olhando para o futuro”

, finalizou o anfitrião.

João Carlos iniciou seu discurso pedindo um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Covid-19. O gerente de RH da Coocam, Adavilson Telles realizava o protocolo do Michuim há diversos anos, bem como o empresário Roberto Chiodi um dos colaboradores do Michuim, foram vítimas fatais do coronavírus e faleceram neste ano de 2021.   

Fonte: Comunicação da Coocam