Cooperativismo Catarinense

NOVEMBRO AZUL

NOVEMBRO AZUL
Chega de tabu: homens devem
procurar assistência médica

Médicos cooperados da Unimed Chapecó enaltecem a importância do acompanhamento para diagnóstico precoce das patologias da próstata

Principais doenças que acometem os homens nas mais diversas faixas etárias; a importância de manter hábitos saudáveis; os fatores de risco, os sintomas mais prevalentes e as melhores opções de tratamento para o câncer de próstata. Esses foram os temas abordados, na semana passada, durante Live Saúde do Homem: Novembro Azul promovida pela Medicina Preventiva – Espaço Viver Bem – da Unimed Chapecó. A iniciativa faz parte da campanha “Cuidado Infinito”, da cooperativa médica. Participaram os urologistas e médicos cooperados da Unimed Chapecó Dr. Hardy Goldschmidt, Dr. Juliano Ferneda, Dr. Leandro Valdir Viecili e Dr. Paulo Caldas.

De acordo com Dr. Goldschmidt, as principais enfermidades que acometem o gênero são: varicocele (dilatação anormal das veias testiculares) e fimose (dificuldade ou impossibilidade de expor adequadamente a glande – cabeça do pênis – devido ao excesso de pele que cobre a região) na infância e doenças sexualmente transmissíveis na adolescência. Na fase adulta a prevalência são as doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, alcoolismo, doenças psíquicas e risco de suicídio. Na terceira idade amplia-se a incidência de câncer.

“Por isso, é importante trabalhar em prol da prevenção e do diagnóstico precoce”

, reforçou o urologista.

O conceito de saúde é muito amplo e vai além da ausência de doenças, integrando bem-estar físico, social e emocional. Para o Dr. Ferneda, é indissociável a concepção de saúde com alimentação.

“Devemos optar por uma dieta rica em alimentos in natura ou minimamente processados em detrimento aos ultraprocessados, que elevam o risco de obesidade, doenças cardiovasculares, depressão e neoplasia (proliferação desordenada de células no organismo). Também é importante ingerir diariamente a quantidade adequada de água e praticar regularmente uma atividade física, pois ela aumenta a liberação de neurotransmissores que têm ligação direta com o humor e na melhoria dos quadros depressivos e de estresse, além de contribuir com a saúde óssea e a qualidade do sono”

, expôs.

Em relação ao câncer de próstata, Dr. Viecile explicou os fatores de risco, que são: idade, pois mais de 90% dos casos surgem a partir dos 50 anos; histórico familiar que aumenta de duas a três vezes o risco se comparado a uma população normal; sobrepeso e obesidade, pelo fator inflamatório e de gordura abdominal; e a raça, pois afrodescendentes, geralmente, apresentam câncer mais agressivo, enquanto que os asiáticos têm 70% menos probabilidade da doença.

“Os fatores genéticos, a exemplo de ter pai e irmão ou irmãos com câncer de próstata ampliam para cinco vezes o risco de desenvolver câncer. Por isso, os homens precisam ter em mente que causas hereditárias precisam ser monitoradas, e os hábitos de vida adaptados, pois eles influenciam consideravelmente na saúde”

, alertou.

Infelizmente, o câncer de próstata para 70% a 80% dos pacientes não apresenta sintomas em fase inicial ou quando há, pode estar relacionado a outra enfermidade, como por exemplo a hiperplasia prostática benigna (HPB), que é o aumento benigno da glândula prostática e que pode dificultar a micção.

“A próstata tem função reprodutiva e do ponto de vista anatômico fica abaixo da bexiga e é atravessada pela uretra (canal por onde passa a urina). Com o envelhecimento ocorre o aumento da glândula e os sintomas são reflexo da obstrução do canal urinário, resultando em jato fraco, esforço para urinar e dificuldade em esvaziar completamente a bexiga. Contudo, nos casos de câncer em fase inicial a lesão inicia na porção mais externa da próstata, não provocando a obstrução e, consequentemente, não apresenta sinais”

, advertiu Dr. Paulo ao comentar que é característico da enfermidade se disseminar como metástase nos ossos em fases avançadas.

Os urologistas enfatizaram a importância de os homens terem acompanhamento médico regular, para que seja possível diagnosticar precocemente as patologias. A avalição do câncer de próstata ocorre primeiramente com exame físico (toque retal) e análise da dosagem do exame PSA (Antígeno Prostático Específico). Segundo Dr. Ferneda, a dosagem da proteína no sangue não tem valor fixo de referência, pois varia conforme características de cada paciente.

“Identificando alterações recomenda-se a realização de ressonância magnética, que permite visualizar áreas suspeitas, para posterior biópsia, se necessário”, comentou.

“O câncer de próstata é uma doença heterogênea, não existe um tratamento padrão para todos os pacientes e atualmente é conduzido de maneira multidisciplinar. As opções (radioterapia ou cirurgia) são discutidas com o paciente. Nosso papel é acolher esse indivíduo que estará fragilizado e orientar os melhores caminhos”

, explicou Dr. Ferneda.

De acordo com Dr. Caldas, nos últimos anos as técnicas evoluíram e buscam preservar as estruturas e minimizar as sequelas (incontinência urinária e disfunção erétil).

“Para os tumores de baixo risco, ou seja, com pouco potencial de progressão em um longo período de tempo, podemos utilizar a vigilância ativa. Nesses casos, não há necessidade de tratamento, mas sim de acompanhamento com especialista.

Por fim, os médicos cooperados reforçaram a importância dos homens perderam o receio de buscar auxílio médico.

“Ao falarmos dessa dificuldade remetemos as questões culturais, pois ao contrário das meninas que passam dos cuidados do pediatra para ginecologista, os meninos ficam um longo tempo sem referência. Por isso, incentivamos para que os adolescentes nos procurem para que possamos orientá-los e acompanhá-los ao longo da vida. São tabus e hábitos de vida que precisamos mudar”

, analisou Dr. Goldschmidt.

Fonte: MB Comunicação

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